quarta-feira, 5 de março de 2014

OPIOIDES

OpioidesConforme apontamos no post anterior, existem diversos tipos de medicamentos que são usados para o controle da dor. Nesta semana, vamos abordar as diferentes classes de medicação. No post de hoje: os opioides.

Os opioides são considerados como os medicamentos de referência para o controle da dor. Infelizmente, ainda há um grande desconhecimento quanto à sua forma de atuação e seus efeitos. Este desconhecimento existe tanto por parte dos profissionais de saúde quanto pelos pacientes, o que leva à subutilização destes medicamentos. Em entrevista ao Blog Singular, Dr. Fabrício Dias Assis afirmou que há uma “opiofobia” no país, o que dificulta o tratamento adequado da dor (para ler a entrevista, clique aqui).

Os opioides são derivados do ópio, que é obtido da papoula. Podem ser substâncias naturais ou sintéticas. Quando naturais, são chamados de opiáceos. Os opioides são substâncias que atuam nos receptores opioides, as quais temos em nosso corpo e produzem insensibilidade à dor.

Os opioides podem ser classificados conforme a duração de sua ação. Os de curta duração geralmente duram de 2 a 4 horas e são mais indicados para a dor aguda. Para pacientes que sofrem com dores crônicas estes medicamentos podem levar mais facilmente a um quadro de dependência. Já as medicações de longa duração oferecem uma liberação prolongada, por 8 a 72 horas.

Outra forma de se classificar esses medicamentos é quanto ao seu potencial de ação. Exemplos de opioides fracos são o Tramadol e a Codeína. Entre os opioides fortes, destacam-se a Morfina, o Fentanil e a Metadona.

Os opioides são medicamentos muito úteis no tratamento da dor crônica, porém podem causar diversos efeitos colaterais. Por isso, é importante reportar qualquer alteração para seu médico, que irá analisar a situação e escolher a conduta mais adequada.

Um efeito muito comum em relação aos opioides é o fenômeno de tolerância. Ele acontece quando o organismo passa a necessitar de doses cada vez mais altas do remédio para atingir o mesmo efeito que antes. O efeito mais temido é a dependência física, quando o corpo se acostuma com a medicação e apresenta sintomas de abstinência em sua falta.

Tanto a tolerância como a dependência podem ser evita administradas quando o médico acompanha de perto a forma com que esses medicamentos estão sendo administrados. Ao perceber que há analgesia inadequada ou uso inadequado do medicamento, pode tomar algumas precauções importantes, como o rodízio, ou rotação, do remédio - de tempos em tempos, troca-se de opioides, evitando que o organismo se “acostume” com um só remédio e passe a depender mais dele.

Outros possíveis efeitos indesejáveis dos opioides são confusão mental, constipação, coceira, suor excessivo e náusea. Todos esses efeitos podem ser controlados e revertidos se o tratamento for acompanhado de perto por um médico responsável. Por isto é tão importante a comunicação entre médico e paciente ser o mais clara possível, levando em conta todas as consequências do uso do medicamento.

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