quarta-feira, 5 de março de 2014

ANTI-INFLAMATÓRIOS E RELAXANTES MUSCULARES NO CONTROLE DA DOR

Anti-inflamatórios e relaxantes musculares no controle da dor

PílulasVamos dar sequência à série de textos sobre os medicamentos mais utilizados no controle da dor. Assuntos de hoje: anti-inflamatórios e relaxantes musculares.

1 - ANTI-INFLAMATÓRIOS

Quando a membrana de uma célula é danificada (como em um corte ou machucado), ela libera substâncias químicas que são metabolizadas em compostos chamados prostaglandinas, causando a resposta de dor. A inflamação é uma resposta natural do corpo a uma lesão e é útil para nos avisar que algo não está bem. Quando o problema é bem conhecido, a dor já não é mais tão importante e assim pode ser diminuída através de drogas que inibem esta resposta inflamatória. Há dois tipos de anti-inflamatórios: os esteroides e os não-esteroidais.

1.1 - Anti-inflamatórios esteroides

Os esteroides são substâncias que o próprio corpo produz, através da glândula adrenal, e controlam várias funções, como a quantidade de açúcar no sangue, a textura da pele e a resposta inflamatória. Os anti-inflamatórios esteroides, ou corticoides, são analgésicos bastante potentes e podem ser usados na pele (tópico), via oral, nas veias ou através de injeções nos músculos ou diretamente no local do problema, como nervos, tendões ou ligamentos. Há diversos efeitos colaterais possíveis com o uso desses medicamentos. Ao serem usados por muito tempo, podem causar problemas como diabetes, pressão alta, osteoporose e mudanças na distribuição da gordura no corpo. Além disso, diminuem a produção de anticorpos, aumentando a suscetibilidade a infecções, perda de massa muscular e fraqueza, entre outros efeitos indesejados. Por isso, hoje, esses medicamentos são pouco utilizados no controle da dor.

1.2 - Anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs)

O primeiro anti-inflamatório não-esteroidal a ser desenvolvido foi a Aspirina (Ácido Acetil Salicílico). Outros exemplos mais recentes são Ibuprofeno e Diclofenaco. Trata-se de medicações que reduzem a inflamação e o inchaço, consequentemente diminuindo a dor.  Quando um deles não funcionar, é aconselhável tentar outro. Para cada paciente, há um AINE que funciona melhor. Apesar de não terem efeitos tão deletérios quanto os esteroides, muitos deles podem causar úlceras e até sangramento do estômago. Se tomados por longos períodos, estes medicamentos podem prejudicar seriamente o fígado. Por isto, é preciso um certo cuidado em sua administração. O principal problema em relação a eles é que são fáceis de comprar, sem receita médica. Porém, o abuso pode levar até a morte. É essencial sempre haver um acompanhamento médico na utilização desta classe de medicamentos, o que infelizmente nem sempre ocorre, expondo as pessoas a riscos que poderiam ser evitados.

2 - RELAXANTES MUSCULARES

Quando uma parte do corpo é lesada, os músculos ao redor desta área entram em espasmo para proteger a região, limitando o movimento. Esta diminuição de movimento pode causar mais danos e levar a um descondicionamento físico. Relaxantes musculares, como  Ciclobenzaprina, Baclofeno e Orfenadrina,  são usados para prevenir esta resposta. Como principais efeitos colaterais, podemos citar boca seca e sonolência.


Lembre-se que antes de tomar qualquer medicação para o controle da dor é necessário consultar-se com um médico. A automedicação pode levar à graves consequências, podendo ocasionar até a morte.


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