quarta-feira, 30 de julho de 2014

BLOQUEIO SACRAL

O bloqueio peridural é um procedimento médico que consiste na punção do espaço peridural de qualquer região da coluna com uma agulha especial, sob anestesia local e infiltração de medicamentos para tratamento da dor de determinadas doenças da coluna.

É INDICADA PRA QUAIS PATOLOGIAS?

A indicação principal é a dor oriunda da coluna. Entre elas, as degenerações da coluna que geram dor e disfunções,

A espondiloartrose, estenose de canal com claudicação neurogência.

Hérnias e protrusões discais com compressão das raízes nervosas. Osteófitos (bicos de papagaio) com pinçamentos de raizes.

As indicações mais comuns são a lombalgia e a lombociatalgia (dor nas costas que irradia para a perna) podendo ser aguda ou crônica.

.

O procedimento somente deverá ser realizado após a confirmação diagnóstica através de exame clínico por médico especialista e através dos exames complemantares de imagem (raio x, tomografia e/ou ressonância magnética). Dependendo do quadro, exames adicionais, como a eletroneuromiografia, podem ser solicitaods. Outras patologias como os renais, ginecológicos, ortopédicos ou infecciosos, deverão ser afastadas e contra-indicadas.

O QUE SE ESPERA COM ESSE PROCEDIMENTO?

Alívio sintomático das dores lombares e lombociáticas e retorno às atividades do dia a dia, desde que compatíveis com as recomendações médicas. Melhor aproveitamento diante de um tratamento de reabilitação.

QUAL O MECANISMO DE AÇÃO?

O composto injetado é uma associação de anestésico, analgésico e antinflamatório.

1. A curto prazo : A dor lombar gera tensão muscular, que gera mais dor, que gera mais tensão, etc. Muitas vezes “trava” a coluna num espasmo doloroso. Os medicamentos analgésicos e anestésicos bloqueiam localmente os impulsos álgicos, aliviando a dor e rompendo o ciclo reverberativo da dor e de tensão muscular.

2. A médio prazo: Presume-se que o efeito antinflamatório no espaço peridural e em contato direto com as estruturas neurais, ligamentos osteotendíneos da coluna, disco intervertebral, complexos osteofitários (bicos de papagaio), possam promover a desinflamação e acomodação das estruturas neurais no arcabouço ósseo, reduzindo os impulsos álgicos, estabilizando o padrão funcional e normalizando o quadro. Embora não seja curativo, o efeito antinflamatório local possa evoluir para uma acomodação e equilíbrio das estruturas. Os corticóides de depósito tem um efeito mais prolongado.

3. A longo prazo: Não há um efeito a longo prazo, porém o seu benefício propicia melhor aproveitamento diante de um tratamento multidisciplinar para que se consiga um contrôle efetivo da dor.

QUAL A EFETIVIDADE?

Corticoides no espaço peridural tem se mostrado eficazes no tratamento da dor lombar. Embora não existam estudos estatísticos controlados, casos inicialmente cirúrgicos eventualmente melhoram de forma significativa afastando a necessidade da intervenção operatória. Os melhores resultados são alcançados quando o procedimento não é utilizado isoladamente. Um tratamento global de reabilitação deve ser orientado. Melhorar a flexibilidade, fortalecer a musculatura paravertebral e restaurar a função da coluna devem ser os objetivos finais.

COMO É FEITO

É um procedimento ambulatorial não sendo necessária a internação. Pede-se jejum de pelo menos 6 horas. Prefere-se a posição sentada na maca por facilitar o posicionamento da agulha, mas pode ser realizardo na posição deitada de lado e  fletido como mostra as figuras abaixo.

Anestesia local é realizada no ponto de entrada da agulha de peridural, na região do bloqueio, para que não haja dor durante o procedimento.

Logo após, é introduzida uma agulha especial de peridural.

Cuidadosamente e com técnica apropriada, busca-se o espaço peridural (sinal de saída de ar).

Uma vez no espaço, os medicamentos são injetados lentamente. O paciente é em seguida posicionado no sentido de direcionar o medicamento à região dolorosa (decúbito lateral direito ou esquerdo, supino ou decúbito elevado).

Pede-se permanecer nessa posição por 30 a 45 minutos, sendo liberado após. 

Na gravura abaixo observa-se o medicamento a agulha restrita ao espaço peridural e o medicamento envolvendo a duramater e as estruturas adjacentes (membranas, raizes nervosas, disco, ossos).

Na gravura abaixo uma bela ilustração de uma punção lombar onde o paciente encontra-se deitado. A diferença entre a punção lombar e a peridural é que na primeira o objetivo é perfurar a duramater, colher líquor para exame, ou mesmo realizar uma anestesia raquidiana. Sobre a punção lombar, veja nesse siteaqui.

DEPOIS DE FEITO O QUE FAÇO?

Logo em seguida, especialmente no primeiro dia, o melhor é permanecer em repouso para não "espalhar o medicamento". Quanto mais permanecer quieto melhor. Nos dias subsequentes, com o alívio da dor, cuidado deve ser tomado para não execeder atividades físicas ou posturas inadequadas. As atividades diárias poderão ser retomadas sem excessos. Seguimento deve ser realizado após a realização do procedimento 10 a 15 dias após para averiguar a resposta ao tratamento. Fisoterapia, exercícios físicos, reeducação alimentar poderão ser recomendados quando o índice de massa corporal apresenta-se fora dos padrões recomendados. http://www.calculoimc.com.br/ . A repetição do procedimento poderá ser indicado quando necessário. Se após uma primeira aplicação não for observado nenhuma melhora, uma segunda não deverá ser recomenada.

CONTRA-INDICAÇÕES

  • Anormalidades anatômicas da região a ser puncionada
  • Insuficiência cardíaca congestiva
  • Diabetes descompensada – diabeticos controlados deverão ter seguimento rigoroso da glicemia. Médico clínico ou endocrinologista poderá ser solicitado para averiguar se existe propensão ao descontrôle metabólico com a utilização de corticoesteróides.
  • Infecções ativas
  • Gravidez
  • Trauma com fratura lombar – o procedimento pode ser indicado para tratamento das hérnias discais agudas pós traumáticas

RISCOS E POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES

Como em todo procedimento médico, existem complicações e o escopo deste trabalho não é listar todos, até porque a grande maioria não tem significado estatístico. No entanto, listaremos as mais comuns, considerando a ocorrência entre 0,1 a 5% dos casos.

  • Punção dural. A peridural não prevê uma punção da duramater (punção dural) e saída de líquor. Esta é a complicação mais frequente, porém a menos complicada. Ao se detectar a presença de líquor, suspende-se o procedimento e cuidados são tomados para que não ocorra a cefaléia pós punção. Nova tentativa pode ser programada após alguns dias. Caso não se perceba a saída do líquor e houver a punção da dura, a cefaléa pós punção poderá ocorrer. Permanecer deitado por algumas horas, de cabeceira baixa, já é capaz de tratar o problema. Se houver persistência da dor, o médico deverá ser comunicado para que um tratamento específico possa ser indicado.
  • Infecção. As punções são realizadas sob um regime estéril, com luvas, material e assepsia da pele, assim como qualquer procedimento cirúrgico. As chances de uma infecção é extremamente baixa.
  • Sangramento e hematoma. A punção de um vaso epidural pode ocorrer ocasionando um hematoma. Sintomas como dor e disfunções motores e de esfincteres (contôle da urina e anal) podem ocorrer. Felizmente é raro e geralmente o quadro é reverssível.
  • Retenção urinária. Paralisia transitória do contrôle da bexiga e retenção urinária raramente poderá ocorrer por efeito do anestésico. Seu efeito é transitório retornando ao normal.
  • Piora da dor. Raramente o volume do medicamento pode se acumular na região proxima ao nervo acometido agravando a compressão. Nesses casos, a dor, ao invés de melhorar, pode piorar. Repouso e analgésicos endovensos são indicados. Cirurgia poderá ser solução para a  descompressão.

PRINCIPAIS MOTIVOS DE FALHA DO PROCEDIMENTO

  • Ganho secundário (INSS ou seguros). Pacientes com interesse em permancecerem recebendo benefícios nunca melhoram.
  • Distúrbios psicogênicos com somatizações. Esses casos sempre apresentam dor atípica e rebeldes a qualquer tratamento.
  • Má indicação e diagnóstico incorreto.
  • Inabilidade técnica.
  • Anormalidades anatômicas – existem alterações e anoramlidades não visíveis em exames por imagem, como septações, ligamentos e distribuição anormal da gordura epidural. A maioria das vezes nem saberemos se existiam ou não e estes casos entrarão no rol das falhas terapêuticas.

terça-feira, 22 de julho de 2014

FAMÍLIA NÃO AJUDA

Esse e o grande problema o que você tem ou será que tem família principalmente que ao em vez de ajudar são os primeiros a ficar criticando falando mau, ajuda. Aí vão perguntar como ? Entendendo ou ouvindo só alguém sabe o que e conviver com dor crônica ou desconforto grande e perna dormente, e formigamento e uma dor que não para, a não ser com drogas muito forte como MORFINA, e outros ou até mesmo associadas a morfina mas a nossa esperança e de uma vida melhor ou qualidade de vida aonde se possa dormir bem, fazer o que você gosta se divertir, coisas de uma pessoa normal, falar de mim um pouco !!! Gosto muito de fotografar mas o dia que saio, pra fazer as fotos são dois dias de cama, mas gosto e gosto para fazer qualquer coisa do dia a dia e doloroso só entendemos quando passamos a viver o problema aí sim entendemos... Reflita 
Ontem fiz algumas coisas e não consegui dormir com uma dor na lombar muito forte ando com medo de travar, mas você fala com o medico e eles não ligam porque não e com ele que está assim e outra a ciência ainda não inventou um aparelho para medir dor, quem sabe em um futuro próximo! Se nem a família acredita imagine uma pessoa estranha ??? 



sexta-feira, 18 de julho de 2014

O QUE E HÉRNIA DE DISCO ?

O que é Hérnia de disco?

Sinônimos: Protusão discal

A hérnia de disco ocorre quando todo, ou parte, de um disco na espinha é forçado a atravessar uma parte mais fraca do disco. Isso gera pressão nos nervos vizinhos.

Consulte também:

Causas

Os ossos (vértebras) da coluna vertebral protegem os nervos que se originam no cérebro e descem pelas costas formando a medula espinhal. As raízes dos nervos são nervos longos que se ramificam a partir da medula espinhal e saem da coluna vertebral entre cada vértebra.

ADAMVértebras do corpo humano

Os ossos são separados por discos. Esses discos protegem a coluna vertebral e deixam espaço entre as vértebras. Os discos permitem que haja movimento entre as vértebras, o que permite a você se curvar ou se alongar.

ADAMOs discos separam as vértebras e protegem a coluna vertebral
  • Esses discos podem sair do lugar (hérnia) ou se abrir (rompimento) por lesão ou esforço. Quando isso acontece, pode haver pressão nos nervos espinhais. Isso leva a dor, cãibras ou fraqueza.
  • A hérnia de disco ocorre com mais frequência na parte inferior (região lombar) da espinha. Os discos do pescoço (cervicais) são afetados em uma porcentagem pequena dos casos. Os discos da parte superior e média das costas (torácicos) raramente estão envolvidos.

A radiculopatia é qualquer doença que afete a raiz dos nervos espinhais. A hérnia de disco é uma causa de radiculopatia.

Os discos deslocados ocorrem com mais frequência em homens de meia-idade ou mais velhos, geralmente após atividades mais exaustivas. Outros fatores de risco são doenças presentes no nascimento (congênitas) que afetam o tamanho do canal lombar.

Exames

Um histórico e exame físico cuidadoso é quase sempre o primeiro passo para diagnosticar a hérnia de disco. Dependendo de onde você apresentar os sintomas, o médico examinará seu pescoço, ombros, braços e mãos ou a região lombar, quadris, pernas e pés.

Seu médico verificará:

  • Se há dormência ou perda de sensibilidade
  • Seus reflexos musculares, que podem estar lentos ou ausentes
  • Sua força muscular, que pode estar reduzida
  • Sua postura ou a maneira como a sua coluna se curva

O médico também poderá recomendar que você:

  • Sente, levante e caminhe. Enquanto você caminha, o médico solicitará que tente andar na ponta dos pés e depois com os calcanhares.
  • Curve-se para frente, para trás e para os lados
  • Movimente o pescoço para frente, para trás e para os lados
  • Erga os ombros, o cotovelo, o punho e a mão e verifique sua força durante essas três tarefas

A dor na perna que ocorre, quando você se senta em uma mesa de exames e levanta a perna esticando-a normalmente, sugere um disco deslocado na região lombar.

Em outro teste, você deve inclinar a cabeça para frente e para os lados enquanto o médico a pressiona levemente para baixo. O aumento da dor e da dormência durante esse teste geralmente é um sinal de pressão em um nervo do seu pescoço.

Exames de diagnóstico

  • Pode ser feita uma eletromiografia para determinar exatamente a raiz de nervo em questão.
  • O mielograma pode ser usado para determinar o tamanho e a localização da hérnia de disco.
  • O teste de velocidade de condução do nervo pode ser feito.
  • A ressonância magnética ou a tomografia computadorizada da coluna evidenciam a pressão sobre o canal espinhal pela hérnia de disco.
  • Pode ser feito um raio X da coluna para excluir outras causas de dor nas costas ou no pescoço. Entretanto, não é possível diagnosticar uma hérnia de disco apenas com uma radiografia de coluna.

sábado, 12 de julho de 2014

COMO FUNCIONA

-É muito parecido com o marca-passo, um pequeno aparelho colocado sob a pele que emite estímulos elétricos para um eletrodo que liga o aparelho até um ponto da coluna que compreende a raiz nervosa que recebe os estímulos de dor, com esse estimulo o objetivo principal é bloquear o recebimento da dor pelo nosso sistema nervoso. Existe também alguns eletrodos que são ligados ao cérebro, isso para problemas de dor crônica, mal de parkinson, distonia. Mais vou focar apenas no tratamento de dor. 
O eletrodo é quem faz essa ligação do aparelho até encostar na medula, é como se fosse um fio elétrico e na ponta possui os polos que ficam encostados na nossa medula pra passar o estimulo elétrico. 

neuroestimulador ligado a coluna torácica.
O implante do aparelho é feito em 2 partes, primeiro temos que fazer um test-drive do aparelho e ver se realmente vai funcionar, devido ao alto custo do aparelho definitivo e da cirurgia como um todo e já que cada paciente responde individualmente a cada tratamento, vou explicar passo a passo como foi a minha cirurgia até o implante definitivo.

O test-drive:
-Depois de efetuar os exames de sangue pra ver se estava tudo bem, foi solicitado ao plano de saúde a internação de 3 dias, mais o eletrodo descartável que é usado no test. Esse eletrodo é ligado a um aparelho externo bem mais simples que o definitivo. O eletrodo descartável é bem mais simples possui somente 2 polos é mais rígido e por ficar ligado externo não pode ficar mais de 15 dias para evitar infecções. 
Cheguei cedo ao hospital, naquele jejum tipico né..rs tomei um banho, a enfermeira lavou minhas costas com  anti-séptico. A cirurgia ou melhor o procedimento que é bem simples, é feito em ambiente cirúrgico, com anestesia local, e apenas um sedativo pra "relaxar", mais ficamos acordados o tempo todo, até porque o médico ao inserir o eletrodo precisa ligar e o paciente dizer se está no lugar certo o estimulo. Depois de anestesiado o local ele usa uma agulha e insere na coluna e passa por dentro da agulha o eletrodo descartável, indo ate raiz por aquele espaço dentro das vértebras  tudo sem dor e bem tranquilo. Quando o eletrodo está no local ele é ligado a um estimulador externo ai o médico liga e nos pergunta se o estimulo está no local correto, e vai ajustando pra ficar bem certinho. Feito isso ele fixa a saida do eletrodo com fio cirúrgico e liga o aparelho, o corte é bem pequeno que nem precisa de ponto depois de retirar. Eu fiquei com o aparelho por 7 dias testando, nesse aparelho eu podia modificar duração do pulso e a frequencia do pulso. O estimulo lembra muito aquele TENS ou choquinho que agente leva na fisioterapia. O meu teste foi efetuado com alguns parâmetros do aparelho ligado e desligado, ate ficar 24h ligado e assim anotando de 0 a 10 a dor toda vez que eu ligava e desligava. Obtive uma melhora de uns 65% em média, com isso foi definido que seria colocado o estimulador definitivo. Ai eu conto na próxima parte.  
Saída do eletrodo das minhas costas.


Neuroestimulador externo


Até o próximo post!



segunda-feira, 7 de julho de 2014

PRÓXIMOS PASSOS

Boa noite ou bom dia sei lá depende a hora que você for lê, vamos lá novamente fazer novos exames, CINTILOGRAFIA,,RX da coluna e sacro depois dos exames rever qual procedimento seguir ou fazer o teste com o neuroestimulador e se preparar para fazer o desmame da morfina vai ser um período de muita ansiedade, afinal já vai pra 6 anos de uso da medicação ( morfina ) não tenho nada a reclamar só agradecer porque no início me ajudou muito muito mesmo, já foi feito de tudo um pouco mas os caminhos apontam para o uso do neuroestimulador estou pesquisando sobre ele com algumas pessoas que já usam ou até mesmo usar os dois a bomba e o neuro vamos ver o que deus me reserva o que tiver que ser feito vou fazer,,, 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

HOJE ESTÁ FODA DE AGÜENTAR

Boa noite já venho sentindo fortes dores desde segunda-feira não sei se e devido ao frio ou porque levei um escorregão na escada não sei a causa mas uma coisa e certa está doendo demais e isso e porque estou usando um marca passo de morfina imagine se não tivesse usando nada já estava morto de dor, e ainda tem pessoas ficam perguntando o que você tem, será que vai ser sempre assim na minha vida 

VIVENDO & CONVIVENDO COM DOR

Olá Claudinei , preciso realmente que vc venha ao Consultorio , temos de fazer algo para melhorar a dor , pois vc esta tendo muitas crises , e como te disse temos varias opções a seguir.
   Venha ao Consultorio na próxima Terça para conversarmos.
   Estou fora de Brasília , mas amanha ligo na clinica para te deixar uma receita de um analgésico mais potente para te ajudar nesta crise até nos encontrarmos.
   Até amanha vc Pos usar flancox 400 mg de 8 em 8 hs associado à toragesic 10 mg sublingual de 6:6 hs , para aliviar a dor
    Att