Os adjuvantes no controle da dor
Muitos pacientes se espantam ao saber que irão tomar antidepressivos ou anticonvulsivantes, afirmando que seu problema é a dor e não depressão ou convulsão. Apesar de não serem primariamente analgésicos, esses medicamentos têm um papel muito importante no controle da dor. São os chamados adjuvantes, classe da qual fazem parte os anticonvulsivantes, antidepressivos e ansiolíticos. No post de hoje vamos saber um pouco mais sobre eles.
ANTICONVUSILVANTES
Estes medicamentos são muito utilizados no tratamento das neuralgias, as dores relacionadas aos nervos. Geralmente são usados associados a outros medicamentos. Seu efeito analgésico se dá na medida em que é capaz de tornar menos provável que os nervos disparem a informação de dor. Medicamentos mais antigos dessa classe, como Dilantina e Tegretol, podem causar problemas no fígado e no sangue, portanto pacientes que tomam tais remédios devem fazer um acompanhamento regular para prevenir qualquer alteração. Medicamentos mais novos como Gabapentina, Topiramato e Pregabalina não têm a mesma toxicidade. Todos, porém, têm potencial para sonolência e sedação, portanto devem ser usados inicialmente à noite. Para um alívio mais adequado da dor, deverão ser usados posteriormente em doses mais altas ao longo do dia. Recomenda-se evitar dirigir carros por um período de 48 horas depois da primeira dose da medicação ou de um aumento na dose.
ANTIDEPRESSIVOS
Os antidepressivos são ferramentas essenciais no tratamento da dor, indicadas para diferentes tipos de condições álgicas. Veja as características de cada classe desses medicamentos.
Os Tricíclicos são os antidepressivos mais antigos e podem ser muito efetivos para tratar alguns tipos de dores crônicas, como neuropatia periférica, cefaleia e fibromialgia. Infelizmente, também possuem diversos efeitos colaterais, como boca seca e constipação. Os efeitos sedativos dos tricíclicos podem ser úteis para se tratar insônia.
Os Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (ISRSN) aumentam os níveis de Serotonina e Noradrenalina nas terminações nervosas, diminuindo a depressão. São remédios com ótimas evidências para alívio da dor. Entretanto, podem causar aumento da pressão sanguínea e agitação.
Os Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) aumentam o nível de serotonina nas terminações nervosas. A falta de serotonina está associada aos sintomas da depressão. Apesar de serem medicamentos efetivos no tratamento da depressão, com poucos efeitos colaterais, não há evidências consideráveis para o tratamento da dor, a não ser que ela esteja diretamente relacionada à depressão.
ANSIOLÍTICOS
Muitos pacientes com dor crônica sentem como se estivessem em uma crise de ansiedade, com sintomas como taquicardia, agitação, nervoso e dificuldade de dormir. Nestes casos, a medicação ansiolítica pode ajudar, porém, infelizmente, essas medicações, como Diazepam ou Alprazolam, costumam causar dependência. Por isso, o mais recomendável é procurar saber o porquê se está ansioso e tratar as causas
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